segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

A Vitamina D !!!

Bom dia,

Tenho recebido inúmeros emails e mensagens de pessoas perguntando que tipo de tratamento uso e sigo. Obrigada Marcelo por me mandar esse link de fácil entendimento.  Eu também faço um tratamento alternativo fazem muitos meses que inclui a vitamina D. Importante dizer que TODO tratamento TEM que ter acompanhamento médico. Ninguém deve se auto-medicar, isso é muito sério, mas aqui está um artigo que deve ser lido de mente aberta e que pode ajudar muito e sem efeitos colaterais! Eu nunca me senti melhor.

http://www.pediatriadiadia.com.br/joomla/index.php/opniao/38-vitamina-d-solucao-para-doencas-autoimunitarias-e-neurodegenerativas-.html

Um abraço,

Luise



Domingo Espetacular com Paulo Henrique Amorim

Boa noite. Muitas pessoas pediram e aqui está a matéria do programa "Domingo Espetacular" que foi ao ar ontem. Gostei muito do tratamento que deram aos dois temas que dominam a minha vida.

http://www.youtube.com/watch?v=Cw_HMJl2A7M
Paz sempre,

Luise

domingo, 29 de janeiro de 2012

O Medo

Desde ontem tenho sentido algo desconhecido, MEDO. Não sou de sentir medo, nunca fui uma pessoa medrosa e sempre encarei situações desconhecidas como algo à ser conquistado,  com muita vontade de descobrir o novo. Assim, saí da casa dos meus pais aos 18 anos e fui morar sozinha na Alemanha, país onde tenho família, mas fui para o sul da Alemanha, onde conhecia apenas uma amiga de infância que estava passando 1 ano por lá. Fui e fui  feliz. Nos primeiros meses em Munique, morei num convento estudantil.; freiras alugavam quartos para moças e onde homens não podiam entrar, nem se fossem da família. Morei nesse convento por 3 meses e claro que meu irmão caçula foi me visitar com um amigo. Eles entraram escondidos no meio da noite e ficaram lá por alguns dias. Tinha todo o apelo do "proibido", eles tomavam banho de madrugada,eu tinha que ficar esperta (caso alguém acordasse) e saíam cedo para que ninguém desconfiasse. Nossa, com 18 anos a gente acha que pode tudo, mas foi muito divertido e deu tudo certo. Claro, o medo era uma palavra desconhecida no meu vocabulário.
Assim sempre foi tudo na minha vida: eu estudava, trabalhava para pagar as contas (babysitter,no correio, garçonete...), depois de 3 meses no convento fui morar sozinha ou em repúblicas e a vida era muito boa e a escola de teatro era maravilhosa. Depois de 3 1/2 anos me formei e logo comecei a trabalhar como atriz na Alemanha, peguei um trabalho que me levou ao Canada e depois,à Palma de Mallorca-Espanha aonde morei por 1 ano,depois Alemanha de novo e Canada para mais uma temporada. Acabei me mudando para lá. Casei depois de 2 anos morando em Toronto e mudei de profissão, pois queria uma família e não queria continuar viajando tanto. Depois de 5 anos morando no Canada, estava com a minha firma de importação indo de vento em popa, abri um restaurante com meu então marido e, em 2005 eu descobri que tinha E.M. O resto da história eu já contei, mas aqui estou eu hoje, escrevendo sobre o medo.
Por que isso agora? De onde vem esse sentimento? A única conclusão que consegui chegar é a seguinte: estou com receio de fazer alguma coisa ou passar por alguma situação que me angustie ou faça eu me sentir ameaçada psicologicamente. O medo é realmente o maior inimigo do homem. Não tenho medo da doença e não posso ter medo de situações desconhecidas. Por tentar evita-las,  o medo acontece. Então para tudo!
 O que quero dizer é que não devemos sentir medo por nos deparar com situações que não conhecemos. Coloquem suas dúvidas pra fora, se informem muito e descubram a sua força interior, o poder da mente e dos pensamentos positivos.
SEM MEDO DE SER FELIZ.
Muita paz & fiquem com Deus,
 Luise

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

A descoberta

Esses últimos dias foram corridos, pois decidi dar algumas entrevistas falando sobre a minha vida  longe do meu filho e sobre a minha saúde. Bom, quando forem ao ar eu aviso :)
Cheguei em casa agora e estava lendo e respondendo alguns comentários, então resolvi contar um pouco sobre a minha descoberta.da EM em 2005.

Eu estava morando no Canada e, subindo as escadas no meu apartamento, chegando no último degrau, desmaiei. Rolei escada abaixo, me machuquei feio, cortei o rosto (levando 9 pontos),quebrei 2 dentes...ui, não foi nada bonito de se ver. Sobrevivi à queda e fui fazer os exames necessários a mando do meu médico que já estava desconfiado antes do acidente acontecer, de que algo muito errado estava acontecendo comigo, afinal de contas,era inverno no Canada com temperaturas chegando à -20C e eu saia de casa sem casaco e de camiseta achando que estava no Rio de Janeiro, As pessoas na rua olhavam pra mim e perguntavam "qual é o seu problema?" e eu rindo falava: "qual é o SEU problema?" ou seja: a minha temperatura corporal estava completamente desajustada. Importante dizer que os sintomas  podem variar muito: eu por exemplo, nunca senti dormência nem formigamento em braços ou pernas, mas virei uma grande fã da "siesta"- aquela durmidinha a tarde...a fadiga não me deixava ficar de pé; tinha que me deitar.
O diagnóstico veio e assim fiquei sabendo que tinha EM. Minha família foi a base e o equilibrio para que eu não entrasse em desespero. Três dias depois de saber que era portadora de EM, minha mâe e minha irmã estavam em Toronto. Foi um começo difícil, mas nessas horas, o carinho e segurança da familia faz toda a diferença.Claro que nem todos os dias consigo manter a calma.Os anos foram passando, os sintomas amenizando, comecei a fazer hidroginastica e dar longas caminhadas  e achei mecanismos que funcionam e assim vou seguindo a vida.

Se vocês tiverem histórias e perguntas que queiram compartilhar, mandem pra mim que posso publicá-las ou responder os emails ns minhas postagens.

Tinha começado a escrver esse texto ontem, mas tive que "ajustar" tudo hoje de novo. Estava com muito sono, então aí está.
Bom dia, pra você, muita paz,

Luise



domingo, 15 de janeiro de 2012

O que nos nutre

Você tem fome de que? Você tem sede de que? Já cantavam os Titãs. Acredito que muitos dos problemas que temos na vida venham da nossa nutrição. O que comemos? O que botamos para dentro do nosso sistema? 

Dizem que o trigo não faz bem para o cérebro. Levei essas pesquisas tão a sério que por um tempo, eu parei de comer qualquer coisa que levasse trigo (pães, bolos, massas, enfim: tudo o que é gostoso) e com isso, perdi muito peso e fiquei uma mulher muito magra, sem graça e triste. Mas se o pão é um alimento milenar, se Jesus dividiu o pão entre seus discípulos, como isso poderia ser tão nocivo? Claro que o pão de antigamente era diferente... Bom, parei com o trigo. Essa fase durou 8 meses, até que um dia acordei com uma vontade louca de comer um pãozinho na chapa e tomar um pingado na padaria. Isso acabou virando um hábito e logo logo os quilinhos a mais apareceram.

Voltei atrás mais uma vez e reformulei a minha alimentação. Não sofro mais por nao deixar o trigo entrar na minha vida, mas agora é TUDO COM MODERAÇÃO. Como massas de arroz, muito alimento cru (que é uma beleza pra saúde), frutas, folhas e sushi. Vivo de uma maneira saudável: nao fumo, bebo socialmente e me exercito. Resultado: estou dormindo melhor e me sentindo muito bem. Também estou lendo sobre e descobrindo ótimas coisas sobre a alimentação ayurveda. Uma amiga me falou da Laura Pires, professora de yoga e culinária ayurvédica, ela virou a minha inspiração. Ela está na India e quando voltar, estarei fazendo seu curso com certeza :)

Espero que todo mundo comece a pensar na sua alimentação e como podemos melhorar.Sempre.

Abastecer o corpo corretamente, a mente serenamente e a alma sempre com muita fé e esperança.

"Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito.
Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto, hoje é o dia
certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver."

(Tenzin Gyatso, Décimo Quarto Dalai Lama)

Muita paz sempre,
Luise

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Irritada? EU?

Essa coisa da irritação fácil, falta de paciência É UM PROBLEMA. Tem dias que acontece isso: o dia está lindo, eu dormi bem e, por algum motivo, acordo virada nas tamancas. Fico sem paciência e acabo ferindo pessoas que estão perto de mim... Por que será que isso acontece? Seria fácil botar a culpa na esclerose, mas acho que o buraco e mais embaixo.

Não tente botar a culpa em nada nem em ninguém e aceite que somos humanos. Isso pode acontecer por uma serie de motivos: uma simples dor de cabeça pode ser o desencadeamento para esse "mau humor".

Então você tem que tomar uma providência: acordar cedo, colocar seu CD predileto e cantar em alto e bom tom. Se cantar mal também não faz mal; o ditado diz que quem canta seus males espanta! Então, faça uma anotação mental e SEMPRE que sentir que está a ponto de se irritar por nada, comece a cantar na sua cabeça. Se você for trabalhar, não se esqueça disso.

Num dia de folga ou no fim de semana vá passear na praia, no Jardim Botânico ou sente-se num café. Aprecie um pássaro cantando, as cores da cidade ou pegue um bom livro.

Na verdade, não existe motivo para ficar no mau humor. Se pessoas te irritam, mude o disco. Nunca se lamente ou fique sentindo pena de si mesma/o. Poderia ser bem pior, e se fosse pior. Sacode a poeira e dê a volta por cima.

Pensando nisso, me lembrei das 3 irmãs que são cegas e moram em Campina Grande. Um exemplo!

Dá uma olhada: "A pessoa é para o que nasce"

Um beijo & paz,

Luise

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

O começo

Por que não eu?

Quando fui diagnosticada com esclerose múltipla, meu mundo desabou. Esclerose? Estaria eu ficando esclerosada? Não entendi nada.Como isso poderia acontecer? Logo comigo? Uma garota viajada, que trabalhou em televisão boa parte da vida, morou em 4 países diferentes, falava 3 idiomas, esperta, bonitinha e despachada - com esclerose múltipla? O que fazer? Para onde ir? Como seguir? Porque isso aconteceu comigo?

Foram meses de pesquisas, horas no computador tentando entender como minha vida mudaria depois desta nova descoberta... O médico me disse que eu já poderia estar com a esclerose há muitos anos. Tentei fazer um rastreamento da minha vida, se me lembrava de acontecimentos que indicariam algo "anormal". Minha mãe sempre foi a luz na escuridão.

Às vezes penso que descobri na hora certa.

Chorei muuuuuuuuuuuuuuiiiiiiitoooooo! Não achava respostas para as minhas dúvidas.

Queria ter um filho antes de começar o tratamento. Um ano depois, meu filho Oliver nasceu e tudo começou a fazer sentido. Não poderia entrar em desespero porque agora eu nao era mais A LUISE, e sim A MÃE DO OLIVER. Não poderia acontecer comigo? Eu não sou melhor do que ninguém e por ter esclerose múltipla, também não sou pior do que ninguém. A partir daí, a ficha caiu: quem disse que uma doença assim não poderia acontecer comigo?

Agora sim: achei o meu caminho! E assim nasceu a idéia de escrever um blog. Quero mostrar pessoas que superaram suas novas condições, a relação com amigos e familiares, terapias, relacionamentos e como fazem suas vidas valerem a pena de novo.

Amor pela vida, beleza, saúde, diversão e bem estar. Vamos embarcar juntos nesta viagem e as descobertas que podem mudar as suas/nossas vidas, fazer da dúvida uma certeza e seguir em frente, de mente e coração abertos.