segunda-feira, 8 de outubro de 2012

por: Yara Corrêa

Sou paciente do Dr. Cícero há quase dois anos e, "somente" após seis, sete meses é que pude, de fato, notar melhoras significativas. Sim, a palavra "somente" está entre aspas, pq considero sete meses um tempo Absurdamente pequeno quando se trata de uma doença do porte da EM; e das sequelas que acumulei durante anos a fio sem o devido tratamento. Saí de um estado lamentável, em que mal conseguia dar dois passos sem cair - braço e perna esquerdos paralizados, visão comprometida, vertigem constante, formigamentos, dormência nos pés, enfim, a cama foi o meu "habitat natural" por longos e tenebrosos meses. Claro que conter a ansiedade foi muito difícil no começo, assim como acredito que para a maioria também o foi. Mas acredito que a consciência de que meu estado emocional influenciaria este ou qualquer outro tratamento, me foi fundamental. Com a nítida diferença que com a vitamina D, sete meses depois eu já estava caminhando uma hora seguida, em ritmo acelerado e infinitamente melhor. Será que a melhor droga convencional no mercado me proporcionaria isso? Não! A resposta eu sei de cor. Mas claro que o que aconteceu comigo não é parâmetro para ninguém, assim como tentei não criar muitas expectativas com os casos de sucessos que li durante os meses de pesquisa pessoal sobre o tratamento. Cada caso, é um caso, isso a maioria também já sabe. O que vale reforçar é que a tranquilidade emocional também faz parte do tratamento. Vitamina D, seus complementos vitamínicos cofatores, água em abundância e equilíbrio emocional. Vários estudos científicos foram publicados revelando que o estresse, a ansiedade, simplesmente inibem a neurogênese - nascimento de novos neurônios-, tão fundamentais para o nosso processo de recuperação. Fica o meu apelo aos que recém iniciaram o tratamento, assim como aos que pretendem começá-lo: acalmem-se! Lógico que eu sei que é difícil pedir calma a um portador de uma doença neurodegenerativa - principalmente sendo a ansiedade uma característica tão comum a todos nós-, e mais ainda quando parece que já não há mais esperanças, quando as forças para lutar parecem estar minguando. Mas, entender que a tranquilidade é parte importantíssima do tratamento, só vai acelerar o ritmo recuperação do paciente. Certo dia estava na antessala de um dos médicos que aplicam o protocolo e, ao dar meu testemunho à pessoas que ali estavam, ouvi a seguinte frase de um portador que aguardava a sua vez: "Vou tentar, mas duvido que isso funcione. Para mim, não passa de efeito placebo. E esse lance de alta depois de dois anos é uma roubada. Só idiota acredita nisso." Não, minha gente! Nada nessa vida funciona se iniciarmos uma jornada já com a derrota em mente. Nada. Como portadores, entendemos perfeitamente as angústias dos nossos "irmãos", até a pressão ferrenha que os demais neurologistas fazem em cima do nosso protocolo mas, também, não podemos aceitar, calados, tanto desdém. Dói! Dói em mim e dói em cada um dos pacientes que acreditaram e que lutaram e que ainda lutam pela divulgação deste tratamento. Ainda mais quando nos deparamos com casos de pessoas que mobilizam toda uma cidade, para arrecadar fundos para comprar uma passagem até São Paulo. Onde eu quero chegar com isso? Muito simples: valorizemos a dádiva que é a existência de uma luz no fim do túnel. Eu diria "a" luz no fim do túnel, até. O Dr. Cícero sempre nos pede para ignorarmos as críticas e que, em cinco anos, a maioria dos neurologistas fará uso deste protocolo. Mas, sinceramente, às vezes é difícil. Me desculpem se me alonguei, porém, precisava deixar meu apelo. Não foi dirigido a ninguém em específico, até pq o bombardeio de críticas, dúvidas e desinformação generalizada vêm de todos os lados. Simplesmente confiem e mantenham-se tranquilos e os resultados aparecerão! Um abraço carinhoso. Obrigada. : )

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